Ela foi para casa comigo, e essa era a chance que eu não queria e não poderia deixar escapar! A dona do sorriso mais lindo de São Paulo, ali, sentadinha no sofá da minha sala, absurdamente sexy com aquela taça de vinho pela metade na mão. Não achei que ela aceitaria o meu convite, afinal, não me deixou arriscar um beijo que fosse com ela durante nossa noite no Velvet. Apesar, que se for pensar bem, isso até que foi bom. Descobri que Vic é uma mulher incrível! Mudou-se do Rio para São Paulo há 7 anos e veio para seguir o sonho de tornar-se uma cirurgiã. Graduou-se na USP e estava partindo para o seu segundo ano de residência em neurocirurgia. Fazia residência em um hospital perto de casa, e para a minha sorte, resolveu mudar-se para o bairro e evitar a viagem diária que tinha que fazer vindo da zona sul aqui para o centro, poupando-se de ficar louca no trânsito maluco dessa cidade, como ela mesma disse.
Confesso que fiquei fascinada por essa mulher. Ela tinha um ar de poder e segurança pessoal, misturados a uma doçura genuinamente feminina que, nossa, era realmente inebriante. Muito mais do que o vinho que tomávamos. Eu estava lá, ela estava lá, ambas olhando uma nos olhos da outra e eu precisava fazer com que ela soubesse que tinha me fisgado aquela noite. Se é que já não sabia, é claro!
_Vic, você é linda. Não sei se já tive a chance de te dizer isso, diretamente.
_Risos. Você não me disse não Dã. Mas, linda aqui é você - disse, corando levemente. Arrisquei me aproximar de seu rosto, mas apenas arrumei uma mecha de cabelo que escorregava sorrateiramente para os seus olhos.
_Não - sussurrei, me aventurando a encostar os lábios em sua orelha - Você é a mulher mais linda e interessante que já conheci.
Ela respirou fundo, eu beijei seu pescoço.
_Você é sem dúvida a pessoa mais interessante que já conheci também Dany - disse, deixando as palavras pairarem em minha mente de uma forma inexplicavelmente sensual.
Nesse momento minha respiração já estava descompassada, e minhas mãos já se posicionavam sob a cintura dela. Docemente ela se virou, segurou meu queixo e me beijou, jogando seus braços em volta da minha nuca e aproximando o calor do seu corpo no meu. Tinha esperado por aqueles lábios a noite toda, ou quem sabe, pela vida toda! As sensações do momento nos guiaram, e ambas nos permitimos ser guiadas por elas. Quando me dei conta estava deitada com meu corpo em cima do dela, ela já sem camisa, e com uma lingerie preta maravilhosa que servia apenas para coroar e completar aquelas curvas mais do que perfeitas de Vic.
_Vamos para o meu quarto, linda?
_Achei que você não fosse convidar nunca mais! - respondeu com um sorriso sapeca no cantinho da boca enquanto levantava deixando o restante de suas roupas cairem pelo seu corpo e pousarem no chão da sala.
Fomos explorando cada canto de parede, em cada cômodo que passavamos até chegar ao quarto. Sentei na cama, e ela sentou-se no meu colo, ainda me beijando tirou minha camisa abrindo botão por botão com uma delicadeza deliciosa. Ela me deitou na cama, deixando seu corpo por cima do meu. Suas mãos passeavam pelo meu peito agora nú, e sua boca descia pelo meu pescoço em uma sincronia enlouquecedora. Livrou-se facilmente do restante das minhas roupas e agora o nosso jogo estava empatado.
Podia sentir a excitação crescente e pulsante que vinha de nossos corpos me fazendo suar, descontrolando minha respiração, umidecendo meu sexo. Eu estava entregue, ela estava absolutamente no controle de tudo. Ela poderia ter de mim o que quisesse naquele momento. Qualquer coisa. Suas unhas subiam e desciam suavemente por toda a lateral do meu corpo, enquanto brincava com a língua pela minha barriga, meus seios, meu pescoço, minha orelha. Sussurrava que me queria, e que queria me sentir dentro dela, roubando suspiros totalmente involuntários que simplesmente insistiam em escapar diante de suas afirmações sacanas.
Aquela era a tortura mais deliciosa que eu já tinha sido submetida nessa vida, mas resolvi inverter esse jogo. Ela estava marcando pontos demais. Mudamos de posição na cama e agora o meu corpo é que pesava sobre o dela. Tirei o que lhe restava da lingerie, puxando sua calcinha lentamente com a boca, e admirei a cena daquela mulher linda, nua, na minha cama, nos meus braços. Ela me lançou o olhar mais safado que já vi, piscou, e disse:
_Me faz sua Dany. Por favor!
Respondi sorrindo de volta, e a beijei, com todo o desejo que estava em mim naquele momento. Depois da sua boca, desci beijando cada centímetro daquele corpo, sem pressa, mas com uma urgência absurda, gritante e contraditória. Passeei com a pontinha da língua pelos seus seios, mordiscando, chupando e acariciando cada um de seus mamilos. A cada suspiro, gemido, e pedidos dela eu enlouquecia mais um pouco. Escorreguei a ponta dos dedos pela parte interior de sua coxa, deslizei um deles até seu sexo e pude senti-la molhada de desejo. Ela gemeu, eu pirei.
Nosso amor rompeu a madrugada. O som dos nossos gemidos compôs a trilha sonora da noite, a boca e corpo dela foram o meu paraíso particular, e me perdi por horas e horas na embriaguez de beber o prazer daquela mulher. A dona do sorriso mais mais lindo da cidade!